sexta-feira, 20 de agosto de 2010

012

Parto para dento do dia como quem se ilude de tanta paixão. Visito algumas terras do reino dos despertos e peço a mim mesmo para me deixar ser feliz. Encontro com ela logo no elevador. Pedido feito, pedido aceito. Agrupo minhas canetas Posca por ordem de (des)cores; pretas, cinzas e brancas. Chego ao local desejado, meto o dedo na goela e vomito todo o meu potencial. Agora sou um astronauta, um urso de pelúcia mal intencionado, um ser de orelhas tubulares vestindo terno e gravata, um louva-a-deus morrendo de medo de perder a cabeça. Escrevo sem usar letras.

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